Volta às aulas começa com paralisação de professores em escolas estaduais
Em alguns estabelecimentos de ensino, como o Colégio Manoel Ribas, os alunos foram recepcionados, apresentados às turmas e liberados.
Recebemos os alunos, como sempre fazemos todo ano, explicamos a situação dos professores e depois dispensamos os estudantes. Todo ano é assim, com aula inaugural. A diferença foi a fala neste ano, com a explicação da nossa atual situação comentou a diretora do Manoel Ribas, Rosângela Maria de Freitas.
Professores estão sob risco de ficar sem reajuste
Pais e alunos procuram as escolas com dúvidas. Os telefones dos colégios tocaram durante todo o dia. Aluno do 1º ano, Luiz Alberto Querubim, 17, procurou o Maneco de manhã, atrás da autorização para a compra de passagens. À tarde, voltaria, mesmo que para assistir somente à apresentação das turmas.
Primeiro dia de ano letivo tem ato de professores em Porto Alegre
Fica meio ruim para nós não ter aula. No ano passado, já teve um monte de paralisação. Mas por outra lado, os professores estão lutando pelos direitos deles, por melhor salário opinou o adolescente.
Professores reivindicam reajuste
A reivindicação dos professores é, entre outras demandas, pelo pagamento do piso nacional fixado em R$ 2.135,72. Como um professor iniciante no Rio Grande do Sul recebe do governo hoje R$ 1.260,20, seria preciso um reajuste de 69,47% para a equiparação com o piso nacional. O último reajuste da categoria ocorreu em novembro de 2014, quando os vencimentos passaram de R$ 1.108,16 para os valores atuais. Nos dois últimos anos, o governo não forneceu os aumentos de 13,01% e 11,36%, respectivamente, estipulados pelo Ministério da Educação.
De acordo com o diretor de Mobilização do 2º Núcleo do Cpers, Narem Costa, os professores estão pedindo pelos menos o reajuste dos últimos dois anos. De 15 a 17 de março, novas paralisações estão previstas. No dia 18 de março, ocorrerá assembleia da categoria em Porto Alegre, ocasião em que será discutida a possibilidade de greve.
Nesta segunda, das 39 escolas em Santa Maria, sete mantiveram as aulas. Conforme Narem, são estabelecimentos em que as atividades não são geralmente interrompidas, como a escola do presídio, do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), o Colégio Tiradentes e colégios do interior. "